
Brincando entre as minhas pernas ele burilou meus cabelos e sorrisos com sua brisa perfumada de sol, tocando inesperadamente meu chocalho em tons altíssimos...
Era um vento sagrado, que sabe que a carícia que evolui a cada sopro, é para centelha feminina, iminência de incêndio!
Foi numa tarde de primavera e lua cheia gerânicos a expreita. Ele soprou minha casa de tijolos amarelos, e mesmo ela se desmanchou!
Levantou minha saia, me tocou e improvisou...
"Eu vou soprar, soprar...e nada vai sobrar..."
Parou suspenso no ar entre as minhas pernas apertadas e trêmulas
E foi girando e girando dentro de mim...
Acordando a menina serpente do meu quadril,
Cantando e girando dentro de mim...
"Não há melhor lugar que a nossa casa"
Dançando e girando dentro de mim...
Ensinado a shakti o seu lugar!
E assim...
Fiquei grávida do vento
Como se eu fosse uma Dorothy faminta por ciclones...
e acasalada por 9 luas cheias de espera...
darei à luz.
À essa ventania,
que é virar mulher do AR!
Luciana Martuchelli
Nenhum comentário:
Postar um comentário