Eu quero ter sida completamente consumido quando morrer. Para mim a vida não é uma vela efêmera, é uma tocha esplendorosa que tenho nas mãos por algum tempo e quero fazê-la queimar com o maior brilho possivel, antes de passá-la as futuras gerações. (Bernard Shaw)

As dores e delícias de fazer teatro

Em busca de um patrocinador from Luciana Martuchelli on Vimeo.

Documentário concebido e dirigido da atriz do meu grupo Juliana Zancanaro sobre produção cultural, com depoimentos de artistas que se desdobram para fazer arte no Brasil. Personagens: Cláudio Marconcine, Guilherme Reis, Isabela Paes, Luana Piovani e Luciana Martuchelli Trilha: (parte da trilha original para a peça Pela Metade): Léo Bleggi Fotografia: Lello Kosby Som direto: JP Mac e Edilson Barros Montagem: Saulo Morete Uma produção EBC/NBR Imagens das obras cedidas pelos entrevistados 21min

TRANSIT VI Backstage of my documentary about Women - Teatret and Periphery Part I

Transit VI - Odin Teatret - Danmark 2009 (part 01) from ADRIANA DE ANDRADE on Vimeo.

Videoclip of Transit VI - Magdalena Project in Odin Teatret on august 2009 in Danmark - By Luciana Martuchelli and Adriana de Andrade

TRANSIT VI Backstage of my documentary about Women Teatret and Periphery Part 2

Transit VI - Odin Teatret - Danmark 2009 - (part 02) from ADRIANA DE ANDRADE on Vimeo.

Videoclip of Transit VI - Magdalena Project in Odin Teatret on august 2009 in Danmark - By Luciana Martuchelli and Adriana de Andrade

domingo, 7 de dezembro de 2008

The call

"Cantar, é mover o domdo fundo de uma paixão
Seduzir, as pedras, catedrais, coração...


Amar, é perder o tom
nas comas da ilusão
Revelar, todo o sentido
Vou andar, vou voar, pra ver o mundo
Nem que eu bebesse o mar
Encheria o que eu tenho de fundo"
( Djavan )

Pedágio de Pensamento - Eugênio Barba

18:40...

"Sejam quais foram as motivações pessoais que o trouxeram ao teatro, agora que você exerce esta profissão, você deve encontrar um sentido que vá além de sua pessoa, que o confronte socialmente com os outros.
Esse é o lugar de quem, em nossa época, procura um compromisso espiritual se arriscando com as eternas perguntas sem respostas.
Isto pressupõe coragem: a maioria das pessoas não tem necessidade de nós.
Seu trabalho é uma forma de meditação sobre si mesmo, sobre sua condição humana numa sociedade e sobre os acontecimentos de nosso tempo que tocam o mais profundo de si mesmo.
Cada representação neste teatro precário, que se choca contra o pragmatismo cotidiano, pode ser a última.
Se o fato de ser ator significa tudo isto para você, então surgirá um outro teatro; uma outra tradição, uma outra técnica.
Uma nova relação se estabelecerá entre você e os espectadores que à noite vêm vê-lo, porque necessitam de você..."
Eugênio Barba

terça-feira, 11 de novembro de 2008

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Gaia em Fúria

Não ha nada de natural na natureza....
E quando ela lhe parecer natural, será o fim de tudo e o inicio de uma outra coisa...

Ars - As Mil Folhas Peladas dos Poemas

"Não escrevo para ser poeta..
Ou é isso ou o nada e o nada...
ja tenho bastante! "

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Juntas prometemos incendiar o País!




















( Larissa leite no Espetáculo ARS - com direção de Luciana Martuchelli - I Bienal Internacional de Poesia...)

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Pedágio de Pensamento - E.B. White


12:40...

"Eu me levanto pela manhã
dividido entre dois desejos:
O de melhorar o mundo
e o de curtir o mundo.
Isso é o que torna difícil
planejar o dia."

terça-feira, 29 de abril de 2008

Mistral

15:20
Equanto espero...
Percebo que não trouxe quase nada de útil das minhas últimas viagens...
Que perdi muita bagagem no caminho

Pés sujos.
Costas cansadas
Na mala porém muito coisa velha admito.

Uma música que não chega aos ouvidos,
Um doce, que não chega à boca
Um suor que não chega à pele,
Um luar que não chega aos olhos
Um silencio que não chega ao coração.

E ainda uma poeira vermelha como a Brasilia dos meus pais,
sobre meus horizontes também bêbados de infância
Resta, um incêndio resumido sob os cílios, e uma bússola de dar corda.
Sim, perdi o caminho de casa e nada sei do meu mapa de viagem
que o heremita me deu no workshop de 1997.

Ao meu redor tudo me parece cansado também,
como rotas roucas de cantigas de ninar...
Como cordas de uma guitarra que teimavam em perder a afinação
Ah! Meu reino de caixas de fósforos por um bom banho!

Banho de língua portuguesa e liberdade sem culpa.
De uma linguagem que fareje algo mais do que só essa chuva de rancor vendida no olhar
Meu reino por um banho de cheiro com gosto de terra molhada.

Meu reino por um perfume que indique meu lugar...

Luciana Martuchelli

Febril

13:12...

ANDO Incendiada.

Usando sempre que lembro minhas saias de chamas, com suas asas Jeans!
"...E que já não me obedecem mais..."

Ando no mundo entregue ao faro!
Beijo-o todo...até os pés!
Ele está atento, é todo ouvidos...
Sem juizo...ele está aberto!
Por assim dizer, febril!
Febril e sedento pelos anos que estão Por vir!
Pelo rastro de nossas vozes úmidas nas árvores!
Pelo desatar irrefreável desse nó da garganta ainda que sublime, repleto de constatação da beleza infinta das eras e das artes...
O Mundo está aberto e entregue, para quem ousar existir
Eu sinto!
Eu vejo!
Eu sei!
Me abre junto com ele, quando me acorda todas as manhãs, cheirando a tablado de madeira naval e sussurando em meus cabelos...

"L u c i a n a....estou aqui!!!
Aberto e lúcido navegando a sua galera!
Acorde querida...assuma o leme,
Há um Mundo à sua espera!!!"

Luciana Martuchelli

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Entre o Ser e o Não Ser onde fica o Existir?

14:02...

Baseado no romance "O Cavaleiro Inexistente" de Ítalo Calvino
Irmã Teodora e as Desventuras do Cavaleiro Agilufo

Dramaturgia e Direção de James Fensterseifer

“Quando comecei a escrever Os Nossos Antepassados queria, sobretudo, escrever histórias divertidas para divertir a mim mesmo, e possivelmente os outros. Tinha imagens e temas cheios de significados em mente o que tornava as histórias, de certa forma, sérias, profundas... Porém, creio que divertir seja uma função social, correspondente a minha moral; penso sempre no leitor que deve absorver todas estas páginas, é preciso que ele se divirta, é preciso que ele tenha também uma gratificação; esta é minha moral: alguém comprou o livro, desprendeu dinheiro, investe parte do seu tempo nele, deve divertir-se. Não sou só eu que penso assim; por exemplo, também um escritor muito atento aos conteúdos como Bertold Brecht dizia que a primeira função social de uma obra teatral era o divertimento. Penso que o divertimento seja uma coisa séria.” Ítalo Calvino

Sala Loyola / Centro Cultural de Brasília (601 Norte / Fone 34260400)De 18 de Abril a 04 de Maio de 2008Sextas e sábados às 21h e domingos às 20hSessão extra: quinta-feira, dia 01 de maio, às 21h.Ingressos - 20,00 (Inteira) e 10, 00 (Meia entrada )

O espetáculo narra a história do obstinado cavaleiro Agilulfo, paladino da França, modelo de soldado que serve ao rei Carlos Magno com força de vontade e fé na santa causa e que de embaraço carrega somente o fato de não existir. A trama não se resume ao fato de Agilulfo não existir. Mesclando leveza e profundidade, humor e melancolia, reflexão e ironia, o texto tira proveito dessa idéia bastante singular para trabalhar a questão do que é ser. A armadura branca, brilhante, que abriga apenas uma voz, compõe um cavaleiro em busca da afirmação de sua existência. A peça, que faz parte do projeto de pesquisa da companhia - "Palco Para Nossos Antepassados", aprofunda a discussão filosófica sobre o homem contemporâneo e faz uma reflexão metaficcional acerca da escrita, por meio da personagem narradora:

Irmã Teodora, Freira em seu claustro, cria as desventuras de Agilulfo e questiona a si mesma o ato de escrever, indagando: até que ponto é possível encontrar um sentido para a literatura a não ser fora dela?


Foto : Adla Marques

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Metáfora

15:00...

Só uma palavra me devora
Aquela que meu coração não…

...Não Diz

...Não Cria
...Não Toca
...Não Pinta
...Não Filma
...Não Canta
...Não Molda
...Não Dança
...Não Esculpe
...Não Escreve
...Não Compõe
...Não Desenha
...Não Fotografa
...Não Interpreta,
...Não M E T A F O R A de mim!


Luciana Martuchelli

domingo, 16 de março de 2008

Amoras em minha vida!


16:20...

"...Acenda um incenso e me deixe curtir uns dez ou vinte ou trinta minutos as luzes da sua cabeça a agua do seu corpo lindo o gosto de compota de cereja da sua conversa

eu comer o seu papo como quem come maçã que a minha dieta anda precisando de um bruto reforço eu vou roer até o osso o corpo da tua palavra que coisa boa pode ser pecado, mas não me faz mal..."


Zé Rodrix

sexta-feira, 7 de março de 2008

Pedágio de Pensamento - Carlos Aranha Castaneda

12:08
"Qualquer caminho é apenas um caminho
E não constitui insulto algum, para si mesmo ou para outros, abandoná-lo quando assim ordena o seu coração. Olhe cada caminho com cuidado e atenção. Tente-o tantas vezes quantas julgar necessárias...
Então, faça a si mesmo e apenas a si mesmo uma pergunta: possui esse caminho um coração?

Em caso afirmativo, o caminho é bom.
Caso contrário, esse caminho não possui importância alguma..."

sábado, 1 de março de 2008

Sagitário

12:50...

No meu coração, em meio aos escombros da minha mente,
dilacerada pelas suas próprias desculpas esfarrapadas pro medo,
Ainda ecoam sinais da batalha de ontem...

No corpo, algumas novas feridas.
Na garganta entalado um jovem, fresco e imediato "PQP"
Peço aos meus pés mais coragem pra seguir viagem quando a noite vem,
Meu hálito captura o corpo de vento das minhas inegáveis asas,
Aliviando a percussão dos meus cascos em sua arquetípica ira de centauros!

Luciana Martuchelli

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Pedágio de Pensamento - Adélia Prado

21:10...

Estou no começo do meu desespero
e só vejo dois caminhos:
ou viro doida ou santa.
Eu que rejeito e exprobo o que não for natural como sangue e veias, descubro que estou chorando todo dia,
os cabelos entristecidos,
a pele assaltada de indecisão.
Quando ele vier, porque é certo que ele vem,
de que modo vou chegar ao balcão sem juventude?
A lua, os gerânios e ele serão os mesmos - só a mulher entre as coisas envelhece.
De que modo vou abrir a janela, se não for doida?
Como a fecharei, se não for santa?

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Centelha!


18:09...

Dancei...
Deixei cair a pele de cordeira em sacrifício e Dancei!
Dancei com o passado...
Dancei com o presente...
E ousei dançar com o futuro...
Uma dança que tinha nome de trovão!

Dancei, e conforme eu me libertava de um corpo comum,
Minha mente atravessava desertos de aparências imutáveis
e agarrava inutilmente a inexistência no ar.

Dancei com um exército subterrâneo de caminhos,
Dancei com os mistérios escapulários do coração, dentro do coração...

E lá, perto da Jóia, do bem de difícil alcance...
Além do centro imóvel...

Uma pausa musical e
Big bang!

Luciana Martuchelli